as arboviroses afetam Estado e população

Como as arboviroses afetam Estado e população?

Saiba mais sobre Dengue, Zika e Chikungunya, epidemias que preocupam todo o mundo; prevenção continua sendo a melhor forma de combate ao vetor

Preocupação crescente em todo o mundo, o combate às arboviroses há muito tempo deixou de ser assunto exclusivo de profissionais da saúde. No Brasil, os arbovírus de maior circulação são os causadores da Dengue (DENV), da Zika (ZIKV) e da Chikungunya (CHIKV), além do vírus da febre amarela. Epidemias têm tomado as cidades brasileiras, e exigido o envolvimento de vários setores sociais em políticas e intervenções de amplo espectro.

Transmitidos por artrópodes, especialmente mosquitos hematófagos, os arbovírus encontraram na espécie Aedes aegypti um eficiente vetor. Mudanças climáticas, desmatamentos, urbanização desorganizada, inchaço das cidades e ausência de saneamento básico estão associadas ao crescimento do mosquito nas Américas e, consequentemente, à eclosão de epidemias.

Dengue, perigo histórico

Originário do Egito, o vírus da dengue está presente em mais de 100 países pelo mundo. A estimativa é que 2,5 bilhões de pessoas vivem nos países onde a dengue é endêmica, e que 50 milhões são infectadas todos os anos. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), no Brasil, a primeira ocorrência da doença foi registrada no final do século XIX, em Curitiba (PR)

O maior surto no país ocorreu em 2013, com cerca de 2 milhões de casos notificados. Um dado interessante é que, em 1955, o Brasil erradicou o Aedes aegypti, principal vetor da doença, como resultado de medidas para controle da febre amarela. No final da década de 1960, porém, o relaxamento das medidas de prevenção levou à reintrodução do vetor em território nacional. Atualmente, o mosquito é encontrado em todos os estados brasileiros, e circulam no país os quatro sorotipos da doença.

Zika, um empurrão para fora da zona de conforto

Embora tenha sido isolado pela primeira vez em 1947, o vírus da Zika (ZIKV) só despertou a atenção do mundo em 2013, quando um surto na Polinésia Francesa atingiu cerca de 30 mil pessoas. Além do grande número de infectados, o ZIKV passou a ser associado à quadros neurológicos como encefalites, mielites e paralisia periférica, e à síndrome de Guillain-Barré.

Doença autoimune rara, a síndrome de Guillain-Barré afeta o sistema nervoso e causa fraqueza muscular, podendo levar à paralisia em casos mais graves. Durante o surto do ZIKV na Polinésia, o número de ocorrências da doença aumentou oito vezes, sugerindo a contribuição do vírus na origem dos casos.

No continente americano, a Zika foi um novo despertar para o combate ao Aedes aegypti, especialmente depois que pesquisadores brasileiros confirmaram a ligação do vírus a casos de microcefalia, em 2016. Uma estimativa da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) apontou que cerca de 3 milhões de pessoas contraíram o ZIKV em 2016.

Os primeiros casos no Brasil foram diagnosticados na região Nordeste, no início de 2015. Nos meses seguintes, a transmissão do ZIKV foi confirmada na Colômbia, Guatemala, El Salvador, Suriname, Honduras, Panamá, Venezuela, México e Paraguai.

Surtos de Chikungunya preocupam o país

O aumento dos casos de Chikungunya no Brasil é preocupante. A situação é grave especialmente no Ceará, que em 2017 vive uma epidemia de arboviroses. Dentre essas, a Chikungunya tem predominado, com mais de 82 mil casos e 87 óbitos registrados somente neste ano, em cerca de 80% do estado. Minas Gerais, por sua vez, registrou este ano cerca de 18 mil casos, além de 6 óbitos.

A expansão da epidemia do CHIKV pelo mundo foi iniciada em 2004, quando uma mutação ocorrida em uma linhagem africana do vírus permitiu boa adaptação ao vetor  Aedes albopictus. Neste ano, foi detectado um caso no Quênia, e a doença se disseminou por diversas ilhas do Oceano Índico, atingindo a Índia e o sudeste da Ásia.

O vírus chegou ao Brasil em 2014, com a primeira ocorrência registrada no Amapá. Em 2014 foi descoberto que a doença também é transmitida pelo Aedes aegypti. Além de outros sintomas, próximos ao da Zika e da Dengue, a Chikungunya pode resultar em fraqueza por longos períodos. Há relatos inclusive de pessoas que perderam a independência motora por até dois anos, sem conseguir se mexer ou dirigir.

O próprio nome já aponta para o perigo: a palavra Chikungunya vem da língua Makonde, da Tanzânia, e significa “aquele que se curva”. O nome foi atribuído ao vírus em função das dores da artrite causadas por esse, que fazem com que os indivíduos literalmente se curvem para cima.

Opções para combate levam à prevenção

Diante a números e sintomas tão assustadores, a pergunta que permanece é: como combater as epidemias de Dengue, Zika e  Chickungunya? O desenvolvimento de vacinas tem sido um desafio para grupos de pesquisa por todo o mundo. Mesmo o tratamento das doenças não é tão simples: uma vez que têm sintomas parecidos, o diagnóstico é muitas vezes dificultado. Além disso, a picada de um vetor pode transmitir as três enfermidades ao mesmo tempo.

Por outro lado, a imunização após a contração das doenças já foi comprovada. Após contrair Zika ou Chikungunya uma vez, e quatro vezes a Dengue, as pessoas se tornam imunes aos vírus. A alternativa, porém, não soluciona o problema. Afinal, as novas gerações não nascem com tal proteção. Sem contar o número catastrófico de mortes e pessoas com sequelas irreversíveis.

E o problema vai para além da saúde. Os gastos públicos com tratamento de arboviroses são altamente dispendiosos, com cifras de gastos na casa dos bilhões por estado. Somente em 2015, por exemplo, o estado de São Paulo comprometeu R$20  bilhões do orçamento destinado à saúde em tratamentos de Dengue.

A Zika, por sua vez, também gerou gastos exorbitantes. Segundo relatório divulgado pela ONU em 2017, já foram U$9 bilhões no Caribe e US$18 bilhões na América Latina, sendo o Brasil o páis com maiores gastos na América do Sul.

MI-Aedes: Tecnologia, Informação e Ciência no combate ao vetor

Diante desse quadro, a solução mais eficiente continua sendo a prevenção por meio do combate ao vetor. Em estados e municípios, o uso de soluções integradas, com tecnologia de ponta, coleta de dados e conhecimentos biológicos tem se mostrado altamente eficientes. Desenvolvido pela Ecovec, o MI-Aedes está à frente quando o assunto é o monitoramento de arboviroses.

Com o principal objetivo de monitorar o vetor adulto, o MI-Aedes possibilita uma economia de R$6, a cada R$1 investido. Isso é uma comparação das verbas que seriam empregadas em tratamento com o que é gasto em prevenção da dengue. Além disso, há uma redução de 60% dos casos de doenças. Veja aqui alguns cases de sucesso com o uso de nossa solução.

Conheça mais os benefícios do MI-Aedes para o controle:

  • Detecção antecipada dos principais vírus transmitidos pelo Aedes aegypti adulto, tais como Dengue, Zika, Chikungunya, em até uma semana;
  • Diagnóstico da circulação viral anterior às notificações de casos humanos, reduzindo a transmissão das doenças;
  • Localização dos pontos com maior infestação do Aedes aegypti, e identificação as áreas prioritárias para ações de prevenção e controle;
  • Índices entomológicos comprovados cientificamente, mais consistentes e confiáveis por meio da Mosquitrap (armadilha para captura de vetores) quando comparados à pesquisa larvária;
  • Facilidade de gerenciamento e tomada de decisões semanais;
  • Avaliação da efetividade das ações de controle do vetor.

Com esse conteúdo você descobriu o impacto das arboviroses na atualidade. Para que você aprofunde-se no assunto, preparamos um infográfico sobre o interesse da população brasileira nessas doenças.

Baixe Gratuitamente!