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Como a tecnologia pode auxiliar no combate aos arbovírus?

Entenda como os vírus da Dengue, da Zika e da Chikungunya funcionam, e como a tecnologia da Ecovec auxilia no combate à sua propagação

 Dengue, Zika e Chikungunya já afetaram milhões de pessoas, e são oficialmente problemas de ordem mundial. As vacinas contra essas arboviroses, por outro lado, ainda são desafios para a ciência. Para completar, este ano descobriu-se que o vetor, Aedes aegypti, pode transmitir as três doenças de uma só vez.

Neste preocupante cenário, a prevenção e o combate ao mosquito continuam sendo a melhor opção para erradicar esses vírus. E a tecnologia é uma grande aliada nesse processo. Mas como? Primeiro, é importante entender como eles se propagam até chegar aos seres humanos.

É também essencial destacar: nem todos os A. aegypti transmitem Zika, Dengue ou Chikungunya. Para que a transmissão aconteça, é preciso que o vetor esteja infectado e infectivo – duas coisas diferentes.

O ciclo da doença sempre começa pela fêmea, pois é ela quem se alimenta de sangue  (só elas picam pois buscam uma substância chamada ferro-globulina, presente no sangue, para amadurecer os ovos). Ela se torna infectada ao picar um indivíduo doente, ou seja, quando entra em contato com o sangue que possui partículas virais circulantes.                  

A partir daí, ela carrega em seu estômago o sangue contaminado, e inicia o processo de multiplicação de partículas virais. Essa disseminação leva de 10 a 12 dias, quando as partículas atingem a saliva do mosquito e ele se torna infectivo – apto a transmitir o vírus para os seres humanos.

Ao picar e sugar o sangue de uma pessoa, o mosquito também cospe saliva, injetando suas partículas virais para transmitir as arboviroses. O período de incubação (que vai da picada ao aparecimento de sintomas), pode levar até 7 dias.

A tecnologia no combate aos criadouros: O MI-Vírus como ferramenta

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, na prática, um percentual muito pequeno de A. aegypti está infectado com alguma arbovirose. Primeiro, porque nem todas as fêmeas picam alguém com Dengue, Zika ou Chikungunya. Segundo, pois não é sempre que os mosquitos infectados sobrevivem até o momento em que se tornam capazes de transmitir as doenças.

Quanto maior a longevidade média de uma população de mosquitos, maior a probabilidade de que ela possua seres capazes de se tornarem infectivos. Essa longevidade está relacionada, entre outros aspectos, ao esforço que as fêmeas têm para colocar seus ovos. Quanto menos trabalho, maiores as garantias de uma vida mais longa.

O esforço acontece em dois momentos: para procurar uma fonte de sangue e para depositar os ovos, que precisam de ambientes aquáticos para eclodir e se desenvolver. Diante disso, a eliminação dos criadouros se mostra a melhor contribuição possível para colaborar com a diminuição de epidemias.

Mas, especialmente em contextos de grandes cidades ou em épocas de chuva (quando os focos se propagam), como realizar esse combate de forma a atingir a maior ameaça, ou seja, os mosquitos infectivos, de forma assertiva e econômica?

É aí que a tecnologia pode ajudar. Pensando nisso, a Ecovec desenvolveu o MI-Vírus, uma forma de detectar precocemente os vírus da Dengue, Zika e Chikungunya diretamente no mosquito, antes da notificação de casos em humanos.

Semanalmente, as Mosquitraps™ instaladas em um município são vistoriadas por agentes de campo, que identificam e coletam os vetores. Os mosquitos são enviados para o laboratório, que utiliza técnicas de biologia molecular para identificar partículas virais. Após a liberação do resultado pelo laboratório, o resultado é convertido em dados nos mapas da cidade, permitindo a visualização de áreas críticas.

Com a identificação das localidades com entradas de vírus, é possível direcionar ações de controle vetorial de forma que elas se tornem ainda mais efetivas. O monitoramento, portanto, se torna mais acurado, e o combate, mais simples e assertivo.

 Se interessou? Clique aqui para ler mais cases e detalhes sobre o MI-Aedes.