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Como combater o Aedes aegypti de forma eficiente?

Gestão inteligente torna o combate ao mosquito mais assertivo e econômico; MI-Aedes, ferramenta de monitoramento desenvolvida pela Ecovec, gera resultados semanais

Combater o Aedes aegypti é hoje sinônimo de barrar a disseminação da Dengue, da Zika e da Chikungunya. Dada a especificidade dos mosquitos capazes de transmitir essas doenças (fêmeas grávidas, infectadas e com partículas virais suficientes para torná-las infectivas), o controle vetorial inteligente se mostra a melhor forma de erradicá-las.

Isso porque o controle inteligente e integrado direcionam suas ações de forma assertiva e econômica, de acordo com a realidade da região. Essas ações, métodos já tradicionais de controle vetorial, podem ser divididas em quatro modalidades:

  • Controle biológico: Uso de parasitas, patógenos e predadores naturais para o controle de populações. Nessa modalidade, podemos destacar ainda a técnica de liberação de machos estéreis (TIE) e a técnica do inseto incompatível (TII), ou seja, de mosquitos  infectados com a bactéria Wolbachia.
  • Captura massiva: Armadilhas para captura de ovos (ovitrampas) ou de mosquitos adultos.
  • Controle mecânico ou ambiental: Métodos que eliminam ou reduzem as áreas em que o vetor se desenvolve, como pneus e latas velhas. Essa forma de controle é a que mais conta com a população para funcionar bem, por isso os trabalhos de orientação são indispensáveis. Técnicas que limitam o contato entre homem e vetor, como telas nas janelas e roupas de proteção, também são formas de controle mecânico.
  • Controle químico: Uso de inseticidas para controlar as diferentes fases dos insetos. No combate a vetores, são utilizados produtos formulados de acordo com a fase e o hábito. Podem ser classificados como larvicidas (alvos nas fases larvárias) ou adulticidas (insetos adultos), para o qual se utilizam aplicação residual ou aplicação espacial.

O Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) de 2002 e o Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia de 2016, ambos do Ministério da Saúde, prevê o uso destes métodos e estabelece diretrizes que devem ser seguidas pelos municípios no combate às arboviroses. Entre as principais ações previstas para controle do vetor, estão:

  • mobilização de agentes da saúde para orientar a população e reforçar o controle do vetor nas residências;
  • disponibilização de equipamentos para aplicação de inseticidas e larvicidas, além da garantia da compra de insumos;
  • implantação do combate ao vetor em portos, aeroportos e fronteiras, em articulação com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária;
  • incentivo para que alunos, professores e familiares vinculados ao Programa Saúde na Escola, ligados às universidades públicas e privadas e institutos federais, participem de atividades de prevenção e eliminação do vetor;
  • fomento de pesquisas para o controle do mosquito Aedes aegypti com técnicas inovadoras (presente do Plano de 2016).

Tecnologia é decisiva para a eficiência

Embora necessárias, as medidas de controle vetorial tradicionais não têm a eficiência suficiente para erradicar a Dengue, a Zika e a Chikungunya – isso está evidente com as milhões de pessoas afetadas por essas doenças todos os anos. Por isso o MI-Aedes foi desenvolvido pela Ecovec: para otimizar essas medidas. A ferramenta, baseada em uma tecnologia integrada, é voltada especialmente para o monitoramento e consegue tornar mais eficientes as ações de controle.

Se pensarmos no controle químico, por exemplo, logo vem à cabeça o uso de fumacês. No entanto, a prática só elimina mosquitos adultos, enquanto um grande número de larvas e pupas dos mosquitos estão restritas a recipientes confinados.

O Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), por sua vez, leva em média de 2 a 3 meses para serem completados, mostrando um diagnóstico tardio e permitindo a propagação de infestações vetoriais e circulações virais.

Nesse contexto, a tecnologia aparece como o complemento essencial para gerar resultados positivos para a saúde e para a economia. Por meio da integração entre armadilhas inteligentes e um sistema de monitoramento eficiente, o MI-Aedes possibilita a geração de dados em tempo real ao longo das 52 semanas epidemiológicas. Dessa forma, pode-se observar quais as medidas de combate mais adequadas para cada área do município, além de medir a efetividade das ações das ações em curso. Isso no espaço de apenas uma semana, evitando a proliferação de mosquitos e o uso indiscriminado de inseticidas.

“Essa gestão assertiva faz toda a diferença porque, às vezes, uma região só precisa de, por exemplo, um carro de som para engajar a população. E é importante que o gestor tenha em mente que as práticas de controle vetorial são complementares. A remoção mecânica e o uso de inseticidas por si só não resolvem o problema. Por isso essa noção de como atuar em cada região, conforme apontado pela Sala de Situação do MI-aedes, e de como envolver a população, é a melhor forma de combater o Aedes aegypti”, destaca César Möllendorff, coordenador comercial da Ecovec.

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