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O fumacê pode ser mais eficiente

Tecnologia pode auxiliar para que o uso de inseticidas seja mais assertivo e racional

Uma das técnicas mais utilizadas no combate ao Aedes aegypti é o fumacê, que tem como principal propósito barrar infestações de adultos, evitando o surgimento de epidemias. Diferente do que se fazia antigamente, hoje em dia é necessário o respaldo técnico para que esse método seja aplicado. E, para utilização do inseticida cedido pelo Ministério da Saúde (malathion) existe critério: a ocorrência de casos de Dengue, Zika ou Chikungunya em humanos. A partir daí, com o atendimento desses critérios, são feitas aplicações na casa e na vizinhança da pessoa infectada.

Mas, seria essa a melhor forma de aproveitar o fumacê? Pensando nos hábitos, especialmente nas grandes cidades, muitas vezes as pessoas passam mais tempo fora do que dentro de suas próprias residências, seja em seus empregos, escolas, lazer, ou até mesmo transitando entre esses locais. O perigo do Aedes aegypti, portanto, pode vir de qualquer parte.

Assim sendo, em termos de eficiência, a metodologia atual se mostra defasada, principalmente quando falamos em Chikungunya e Zika, pois ainda são necessários vários anos de pesquisa para a definição de protocolos adequados. Afinal, mais assertivo seria utilizar o fumacê nas áreas urbanas em que a pessoa foi de fato infectada. No contexto das cidades, a tecnologia mais uma vez aparece com soluções para que isso possa ser colocado em prática.

Armadilhas georreferenciadas, que permitem a identificação dos locais em que há maior concentração do Aedes aegypti e identificação da circulação viral da DENV, CHIKV e ZIKV nestes indivíduos, são soluções interessantes para o problema. Com elas, se torna mais fácil definir onde e quando atuar com o fumacê. É o caso da Mosquitrap, que atua justamente assim. A Mosquitrap é parte de um sistema de monitoramento integrado do Aedes aegypti, o MI-Aedes, que permite a atuação inteligente no combate ao vetor. Ambas as soluções foram desenvolvidas pela Ecovec, que acredita no combate direcionado ao mosquito.

“A questão é muito mais de monitoramento dos locais em que as pessoas estiveram do que somente de suas residências. Assim, é possível que os gestores estaduais e municipais entendam como atuar também de forma preditiva, evitando infestações e contaminações de outras pessoas”, destaca Cesar Möllendorff, coordenador comercial da Ecovec.

Do ponto de vista econômico, é importante destacar que há otimização de recursos. Com uma atuação mais estratégica, o inseticida, fornecido pelo Ministério da Saúde, passa a ser utilizado de forma mais racional, aumentando a longevidade dos princípios ativos contidos nestes saneantes. Os equipamentos e as equipes, por sua vez, são deslocadas menos vezes. “Assim, ao invés de ficar tateando por diferentes espaços com o fumacê, atinge-se os pontos de foco”, finaliza Möllendorff.

Além de tudo isso, os indicadores contidos no MI Aedes fazem a validação da efetividades das ações realizadas, de uma semana epidemiológica para a outra. Se interessou? Entenda mais sobre como a tecnologia pode auxiliar no combate eficiente ao Aedes Aegypti