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Educação versus Aedes

Saiba mais sobre como a educação em saúde pode ser mais assertiva no combate ao Aedes

Na batalha contra as arboviroses, a educação em saúde ocupa lugar de destaque. Ações para informar e engajar a população no combate ao vetor Aedes aegypti estão diretamente ligadas à redução dos casos de Dengue, Zika e Chikungunya. Afinal, grande parte dos focos de proliferação estão nas residências. Mas, como pensar em atividades de fato eficientes?

Em primeiro lugar, é necessário ter em mente que, na educação em saúde bem-sucedida, o objetivo não é apenas informar a população com folhetos, faixas e cartazes, mas sim eliminar os criadouros do Aedes em ambientes domésticos. Para isso, os cidadãos e cidadãs devem ser bem instruídos a para agir contra o acúmulo de materiais que são possíveis berços para os mosquitos.

As escolas, por exemplo, são estratégicas para impulsionar esse combate. Lugares de formação e de grande alcance da comunidade, elas têm potencial para mobilizar comunidades. Além disso, crianças e adolescentes são agentes multiplicadores eficientes, uma vez que costumam se engajar mais. Visitas nessas e em outras localidades, portanto, são iniciativas essenciais para esse processo de educação.

Outras ações, como mutirões para eliminação de criadouros, conversas orientadas e carros de som com campanhas de prevenção também tendem a ser efetivas. Porém, assim como no controle químico, é interessante (para os resultados e para a economia) otimizá-las. Ou seja, aplicá-las em lugares e momentos necessários. Para esse diagnóstico, a tecnologia mais uma vez é grande parceira.

 

O MI-Aedes e a educação em saúde

A eficiência no controle do Aedes aegypti depende, em grande parte, da atuação rápida e estratégica. Esse é o princípio do MI-Aedes, tecnologia desenvolvida pela Ecovec. O método: integrar armadilhas inteligentes e um sistema de monitoramento georreferenciado que gera resultados semanais. Dessa forma, é possível definir as medidas de prevenção mais adequadas para cada área de um município, além de medir a efetividade das ações em curso.

O município de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, é um exemplo de integração entre o MI-Aedes e ações educativas no combate ao mosquito. A cidade segue as  diretrizes do PNCD, com palestras em escolas, empresas, praças, distribuições de folhetos e orientação de moradores por parte de agentes de endemia.

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Projeto “Meu Bairro Limpo” no município de Três Lagoas/MS

Georgia Medeiros, coordenadora do Setor de Entomologia de Três Lagoas, afirma que a adoção do MI-Aedes nas políticas do município direcionou melhor os trabalhos. “O incentivo à inclusão de tecnologias como essa poderia ser mais intensificada no PNCD, pois torna as ações mais objetivas e rápidas. Com o MI-Aedes temos uma visão do índice de infestação a cada semana”. Este ano, foi iniciado ainda o programa Meu Bairro Limpo, que inclui mutirões e o uso de máquinas para recolher entulhos depositados nas calçadas. Os resultados já estão aparecendo: o Índice Médio de Infestação de Fêmeas (IMFA) dos bairros contemplados mostrou reduções.

A visão mais clara sobre os índices de infestação proporcionada pelo MI-Aedes auxilia, inclusive, na decisão de quando usar medidas educativas ou de quando recorrer aos inseticidas e larvicidas. No estado do Espírito Santo, por exemplo, incentiva-se que seja feito o movimento da educação em regiões com baixas infestações. Afinal, mesmo que as arboviroses sejam sazonais e em alguns momentos as infestações serão inevitavelmente maiores, há a orientação sobre qual o melhor caminho a seguir por região.

Se interessou? Continue lendo para entender como funciona o MI-Aedes!