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Vacinas são importantes, mas não definitivas

Vacinas são medidas importantes, mas sozinhas não conseguem erradicar doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

Após várias décadas sem Febre Amarela Urbana, o Brasil vive o risco de um novo surto. Desde 2016, a doença ganha força especialmente no Sudeste, e já é uma ameaça para a região Nordeste. Neste cenário, o Ministério da Saúde anunciou a vacinação em massa (fracionada) nas regiões mais afetadas dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Embora a medida seja essencial, sozinha ela não é suficiente nem para erradicar a Febre Amarela, nem para resolver os outros problemas de saúde pública propagados pelo Aedes aegypti – os que já existem e os que podem surgir.

Combater Dengue, Zika, Chikungunya, Febre Amarela e outras dezenas de vírus (que ainda não chegaram ao Brasil) depende prioritariamente de controlar o Aedes aegypti. Vacinas e inseticidas – normalmente aplicados para combater infestações – devem estar dentro de um plano de combate inteligente e integrado a outras ações.

Os inseticidas em excesso não foram suficientes para exterminar o vetor causador dessas arboviroses e acabaram por criar resistência nos mosquitos”, aponta Bruna Diniz, virologista da Ecovec. “As vacinações, por sua vez, são capazes de conferir imunidade a algumas doenças, mas o Aedes aegypti é capaz de transmitir mais de 20 vírus, sendo que, para a maioria deles, não existe vacina. Dessa forma, trabalhar apenas com esses dois pilares acaba por tornar o combate incompleto”, acrescenta.

Importante destacar que, em populações em risco de contrair uma doença – como é o caso das regiões que estão sendo foco para o Ministério da Saúde – a vacinação é imprescindível. Quando se pensa em doenças com o Aedes aegypti no ciclo da transmissão, porém, elas são apenas parte do plano preventivo.

A vacina desenvolvida contra a dengue é um exemplo: com baixa eficácia, ela não confere a alta proteção esperada. “Mesmo que exista alta efetividade em uma vacina, são necessários anos para diminuir o número de pessoas infectadas e vírus circulantes, atrasando muito a erradicação dessas doenças”, explica Bruna.

O que pode, então, auxiliar em um combate eficiente tanto aos vírus quanto aos mosquitos? ações assertivas, direcionadas com o uso da tecnologia. O MI-Aedes, solução desenvolvida pela Ecovec, é um exemplo de ferramenta que, por meio de georreferenciamento e informações semanais, orienta sobre quais ações são ideais para cada lugar em diferentes momentos. Quer entender mais sobre o assunto? Leia aqui sobre como combater o Aedes aegypti de forma eficiente.