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Combater o Aedes requer informação rápida

Vírus Torpedo possibilita notificação imediata dos focos de dengue, zika e chikungunya

Estudos estimam que o custo direto e indireto dos tratamentos das arboviroses transmitidas pelo Aedes chegou a R$ 805 milhões em 2016. Esse valor equivale a cerca de 35% do PIB do Brasil naquele ano. Levando em conta o quão altos são esses custos, a prevenção se mostra, mais uma vez, como a melhor opção.

Para evitar que a situação chegue a esse ponto, é preciso mirar nas arboviroses quando elas ainda estão nos mosquitos. Controlar o Aedes aegypti significa barrar não apenas a Dengue, a Zika e a Chikungunya, mas evitar que novos vírus se espalhem pelo país. Mas como é possível combater os vírus antes que eles cheguem aos seres humanos?

Primeiramente, é importante destacar nem todos os A. aegypti transmitem Zika, Dengue ou Chikungunya. Esse é um dos motivos pelos quais medidas como o uso desenfreado de fumacê não são efetivas em matéria de controle. Para um combate assertivo, é necessário saber onde estão os mosquitos aptos a espalhar doenças, além da melhor forma de combatê-los.

O Aedes se torna infectado por alguma arbovirose ao picar um indivíduo doente, mas só transmite o vírus após ele se multiplicar em seu organismo e chegar até a saliva. Assim, ele se torna infectivo e pode infectar um ser humano através da picada. Já existem tecnologias que conseguem avaliar essas condições do mosquito, além de georreferenciá-lo a regiões específicas – onde estariam os reais focos de Dengue, Zika e Chikungunya.

 

O MI-Aedes como ferramenta

O MI-Aedes, tecnologia desenvolvida pela Ecovec, atua exatamente nesse sentido. O sistema é  uma forma de detectar precocemente os vírus da Dengue, Zika e Chikungunya diretamente no mosquito, antes da notificação de casos em humanos.

Isso é possível através da instalação de armadilhas estrategicamente posicionadas na região monitorada. Semanalmente, essas armadilhas – chamadas de Mosquitraps™ – são vistoriadas por agentes de campo, que identificam e coletam os vetores.

Os mosquitos são enviados para o laboratório, que utiliza técnicas de biologia molecular para identificar partículas virais. Após a liberação do resultado pelo laboratório, as informações são convertidas em dados nos mapas da cidade, permitindo a visualização de áreas críticas. Além disso, um novo avanço nessa ferramenta agora permite que esses dados sejam recebidos em tempo real – através do Vírus Torpedo, no celular dos gestores de saúde.

 

Informação rápida ao alcance das mãos

O objetivo do Vírus Torpedo é reduzir o tempo de tomada de decisão antes do início das ações de controle. Portanto, quando for detectada uma região em que os vírus, da Dengue, Zika ou Chikungunya, foram encontrados, o gestor de saúde é notificado imediatamente.

Toda essa operação acontece integrada ao sistema do MI-Aedes. Após constatada a positividade viral no mosquito, é feita a plotagem na plataforma. Os gestores de saúde cadastrados então recebem uma notificação via mensagem de texto com as informações. A localidade do foco, dados sobre a semana epidemiológica e qual(is) vírus foram encontrados.  

Com estes dados recebidos no celular, o tempo para que se iniciem as ações de controle será reduzido. E um combate mais rápido significa uma prevenção muito mais eficiente. Além de direcionadas, essas medidas terão tempo hábil para eliminar o mosquito antes que uma epidemia chegue nas pessoas.

Como se diz por aí, tempo é dinheiro. Menos tempo antes da ação possibilita que ela seja mais efetiva, direcionada e econômica. A atuação rápida consolida a prevenção das doenças antes do alerta de casos em humanos. Em outras palavras, muito menos gastos com saúde pública.