Mapa de serra MI-Aedes_Prancheta 1

Como o monitoramento do Aedes ajuda a definir ações de controle

Confira a experiência dos municípios de Serra e Linhares, no Espírito Santo

Como já falamos por aqui, o monitoramento integrado ajuda a direcionar ações de controle de forma assertiva e econômica, de acordo com a realidade da região. Esse é o caso do estado do Espírito Santo, que trabalha com o MI-Aedes em 78 de suas cidades, desde o início de 2017.

Por meio da integração entre armadilhas e um sistema de monitoramento eficiente, o MI-Aedes possibilita a geração de dados em tempo real ao longo das 52 semanas epidemiológicas.

Dessa forma, pode-se observar quais as medidas de combate* mais adequadas para cada área do município, além de medir a efetividade das ações das ações em curso. Isso no espaço de apenas uma semana, evitando a proliferação de mosquitos e o uso indiscriminado de inseticidas.

Durante nossa atuação em Serra (ES), cidade de grande porte, com mais de 500 mil habitantes, a geração de informação rápida foi determinante nos resultados.

“Como Serra é um município muito grande, nossa maior dificuldade é rastrear toda a área ao mesmo tempo. Nisso, o MI facilita muito, nos oferecendo um histórico de todo município, atualizado semanalmente. Quando você identifica uma armadilha na sua positividade, é possível chegar antes de uma epidemia instalada. É possível mapear todo o município e quais são as áreas mais vulneráveis”, relata Carlos Ribeiro, Gestor Municipal em Serra.

Em Linhares (ES), o benefício maior foi potencializar a atuação das equipes de campo. Como existia uma limitação em relação ao número de agentes e veículos, a dinâmica de campo foi ajustada para o aproveitamento máximo dos recursos disponíveis.

“O sistema forneceu informações valiosas e nos ajudou a estabelecer uma nova rotina. Deixamos de fazer um trabalho sequencial, que era entrar com o combate em uma localidade e exaurí-lo até terminar um bairro, por exemplo, para começar a trabalhar na lógica de áreas prioritárias. Trabalhando em cima de prioridades, pudemos otimizar nossa atuação em função da demanda do MI. Não é mais necessário cobrir todo o bairro por obrigação, mas realmente dar resposta àquela área que sabemos ser mais importante no combate,” Geremilson Gomes, Responsável Técnico do Controle de Vetores em Linhares.

* O Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) de 2002 e o Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia de 2016, ambos do Ministério da Saúde, prevêem o uso de quatro modalidades de ação para o combate do Aedes aegypti.

São elas a Captura massiva, o Controle mecânico ou ambiental, o Controle químico e o Controle biológico. Abordamos e detalhamos todos esses métodos em um material gratuito que você confere aqui.