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Fuja do Aedes no carnaval!

Mosquito fica mais ativo no verão; veja quais cuidados tomar nas férias e no carnaval

O carnaval está chegando e marca o ápice do verão. É também nessa época do ano que o Aedes aegypti encontra as melhores condições para se multiplicar. A combinação entre temperaturas mais altas e o período chuvoso favorece o aumento do número de criadouros para que o mosquito se reproduza. Não é por acaso que os picos de registros de casos de dengue, zika e chikungunya acontecem neste período.

Durante a folia, o risco de contaminação por arboviroses aumenta. As festas e os blocos de rua significam multidões aglomeradas. O acúmulo de lixo nas ruas e as chuvas passageiras aumentam as chances de potenciais criadouros do mosquito. Por isso, é importante redobrar o cuidado.

Alerta para quem viaja de férias

Mesmo quem vai escapar da folia e aproveitar o feriado para descansar em um lugar tranquilo deve estar atento. O recente surto de febre amarela representa perigo para quem pretende visitar locais próximos a matas e florestas, como cachoeiras. O aumento das chuvas também favorece a procriação dos mosquitos nessas áreas, junto ao acúmulo de resíduos esquecidos pelos turistas.

A recomendação é se vacinar antes da viagem. É nessas regiões que circula o vírus da febre amarela silvestre, e a maior concentração de pessoas desprotegidas favorece a contaminação. O cuidado adequado com o lixo, como copos descartáveis e embalagens, também é fundamental.

Cuidados individuais reduzem a vulnerabilidade

Além de evitar danos à própria saúde, prevenir a contaminação pelas arboviroses também é importante para evitar que doenças graves como a zika continuem se espalhando. O Aedes aegypti está presente em todo o território brasileiro. Se um turista contrai uma doença durante a viagem e volta contaminado para a cidade de origem, há o risco de que o vírus passe a circular em uma localidade que antes estava livre do problema.

Medidas individuais para evitar a contaminação contribuem portanto para que a população como um todo se torne menos vulnerável. Algumas recomendações são voltadas para evitar o contato com o vetor, como o uso de repelentes (desde que respeitadas as instruções do fabricante). No entanto, principalmente em época de carnaval, é importante lembrar que a zika também é sexualmente transmissível, um reforço para a importância de usar preservativos nas relações sexuais.

Ações coletivas também são fundamentais

As ações coletivas para evitar a proliferação do mosquito não podem ficar de lado. Evitar jogar lixo no chão reduz o número de possíveis criadouros durante a folia. O mesmo vale para o cuidado dentro de casa: o envolvimento de toda a vizinhança é o que garante a proteção da comunidade. A campanha “Sexta sem mosquito”, do Ministério da Saúde, por exemplo, propõe que as pessoas tirem um dia da semana para realizar ações simples para eliminar a água parada.

Basta uma inspeção rápida nos principais focos nas residências, que costumam ser as caixas d’água; calhas; pneus; garrafas, calhas; ralos e canaletas; bandejas de ar-condicionados e geladeiras; pratos de vasos de plantas; plantas e árvores como bambu e bromélias; baldes; lonas e piscinas.

O Ministério recomenda lavar esses recipientes, jogando a água na terra ou no chão seco ou, quando não for possível, jogar produtos de limpeza ou larvicidas fornecidos pelos agentes de saúde nos locais de risco.